Concor Anlo
MerckBula do Concor Anlo
Concor® Anlo é um medicamento contendo bisoprolol e anlodipino e destina-se ao tratamento da hipertensão arterial (pressão sanguínea alta). Caso você já faça uso de bisoprolol e anlodipino em comprimidos separados, seu médico poderá substituí-los por Concor® Anlo na mesma dosagem (terapia de substituição). Concor® Anlo também é indicado quando sua pressão arterial não é adequadamente controlada com bisoprolol ou anlodipino administrados isoladamente (tratamento de segunda linha).
Concor® Anlo é uma associação de dois anti-hipertensivos, o bisoprolol e o anlodipino. O bisoprolol pertence a um grupo de medicamentos chamados betabloqueadores. Estes medicamentos alteram a resposta do organismo a alguns impulsos nervosos, principalmente no coração. Como resultado, o bisoprolol diminui o ritmo cardíaco, aumentando a eficiência do coração no bombeamento de sangue para todo o corpo. Ao mesmo tempo, diminui as necessidades de sangue e de consumo de oxigênio do coração. O anlodipino é um bloqueador dos canais do cálcio; ele bloqueia canais especiais na superfície das células, denominados canais do cálcio, através dos quais normalmente entram íons cálcio. Quando os íons cálcio entram nas células dos músculos das paredes dos vasos sanguíneos, estes se contraem. Ao reduzir a entrada de cálcio nas células, o anlodipino evita que as paredes dos vasos sanguíneos se contraiam, baixando assim a pressão sanguínea. A combinação do bisoprolol com o anlodipino provoca uma redução da pressão sanguínea superior àquela obtida com o emprego de cada um dos medicamentos tomados isoladamente.
Você não pode tomar Concor® Anlo nas seguintes situações:
- Insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de descompensação da insuficiência cardíaca que requeiram tratamento intravenoso com medicamentos que aumentam a força de contração do coração;
- Obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (por exemplo, estenose aórtica de alto grau);
- Choque induzido por distúrbios da função cardíaca (choque cardiogênico, que é uma condição cardíaca aguda grave que provoca queda da pressão e insuficiência circulatória);
- Determinadas doenças cardíacas que provocam ritmo cardíaco muito lento ou batimentos cardíacos irregulares: bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (sem marca passo), síndrome do nó sinusal, bloqueio sinoatrial;
- Sintomas de frequência cardíaca diminuída (bradicardia sintomática);
- Sintomas de queda da pressão (hipotensão sintomática);
- Asma brônquica grave;
- Formas graves de doenças arteriais periféricas oclusivas (tal como Síndrome de Raynaud), que pode fazer com que os dedos das mãos e dos pés fiquem dormentes, pálidos ou azuis;
- Tumores não tratados da glândula suprarrenal (feocromocitoma);
- Acidose metabólica (condição na qual há excesso de acidez no sangue);
- Hipersensibilidade ao bisoprolol, aos derivados di-hidropiridínicos (como o anlodipino) ou a qualquer um dos excipientes da fórmula.
Os comprimidos de Concor® Anlo devem ser engolidos com um pouco de líquido, pela manhã, com ou sem alimento. O sulco destina-se somente a facilitar a quebra dos comprimidos para auxiliar na ingestão, e não para proporcionar divisão em doses iguais.
Concor® Anlo é um medicamento de uso contínuo. A dose diária é de um comprimido por dia na dose prescrita pelo seu médico. O comprimido deve ser tomado pela manhã sempre no mesmo horário.
O tratamento com Concor® Anlo não deve ser interrompido abruptamente. Caso seja necessário, seu médico reduzirá a dose gradualmente.
Uso em idosos
Não é necessário ajuste posológico. No entanto, recomenda-se cautela quando a dose é aumentada.
Uso pediátrico
Não há experiência com o uso pediátrico do Concor® Anlo; assim, seu emprego não é recomendado em crianças.
Uso em pacientes com problemas renais
Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal de leve a moderada.
Em caso de insuficiência renal grave (clearance de creatinina <20 ml / min), a dose diária do componente bisoprolol do Concor® Anlo não deve exceder 10 mg.
Uso em pacientes com problemas hepáticos
Em caso de insuficiência hepática grave, a dose diária do componente bisoprolol do Concor® Anlo não deve exceder 10 mg. Em caso de insuficiência hepática, devido ao componente anlodipino, deve-se ter especial cautela quando Concor® Anlo é administrado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Caso você se esqueça de tomar os comprimidos no horário habitual, tome-os assim que se lembrar. Entretanto, se está quase na hora da próxima dose, não tome a dose esquecida; tome a dose normal no dia seguinte. Não tome uma dose dobrada para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Concor® Anlo deve ser usado com cautela nas seguintes situações:
- Insuficiência cardíaca e outras doenças do coração, como distúrbios do ritmo cardíaco (bloqueio atrioventricular do primeiro grau) ou dor no peito em repouso (angina de Prinzmetal);
- Função hepática (do fígado) prejudicada;
- Diabetes apresentando níveis de glicose no sangue muito flutuantes (sintomas de hipoglicemia como taquicardia, palpitações e suor excessivo podem estar mascarados);
- Jejum rigoroso;
- Terapia de dessensibilização (alergias);
- Doenças arteriais periféricas oclusivas (estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais responsáveis por levar o sangue para as extremidades, como braços e pernas);
- Asma brônquica ou em outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (doenças crônicas dos pulmões que diminuem a capacidade de respiração);
- Psoríase ou história de psoríase (doença da pele que causa vermelhidão e irritação);
- Doenças da tireoide e tumor da glândula suprarrenal (feocromocitoma);
- Anestesia geral (o anestesista deve ter conhecimento prévio do uso do Concor® Anlo).
Gravidez e amamentação
Existe o risco da utilização de Concor® Anlo durante a gravidez poder ser prejudicial para o bebê. Se estiver grávida ou planejando engravidar, informe o médico. Ele decidirá se pode tomar Concor® Anlo durante a gravidez. Não se recomenda o uso de Concor® Anlo durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário.
Não se sabe se o bisoprolol é excretado no leite materno. O anlodipino é excretado no leite materno. O efeito do anlodipino na criança que mama é desconhecido. Assim, não se recomenda o uso de Concor® Anlo durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Direção de veículos e operação de máquinas
Algumas pessoas podem sentir reações adversas ao Concor® Anlo (por exemplo, tonturas, dor de cabeça ou fadiga). Caso sinta essas reações, evite dirigir ou operar máquinas.
Este medicamento pode causar doping.
Como todos os medicamentos, Concor® Anlo pode causar algumas reações desagradáveis; no entanto, estas não ocorrem em todas as pessoas.
Procure o seu médico imediatamente se sentir algum dos seguintes efeitos secundários após tomar este medicamento:
- Reações cutâneas graves, incluindo erupção cutânea intensa, urticária, vermelhidão da pele em todo o corpo, coceira intensa, bolhas, descamação e inchaço da pele, inflamação das mucosas (síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica) ou outras reações alérgicas.
As reações secundárias são informadas abaixo, de acordo com a frequência com que podem ocorrer:
- Reação muito comum (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): Edema.
- Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): Dor de cabeça, tontura, sonolência (especialmente no início do tratamento), palpitações, ritmo cardíaco lento (menos de 50 batimentos por minuto) (tratamento de segunda linha), rubor, dor abdominal, inchaço no tornozelo, fadiga, astenia, sensação de frio e dormência nas extremidades, queixas gastrointestinais como náusea, vômito, hábitos intestinais alterados, diarreia, constipação, dispepsia, distúrbios visuais (incluindo diplopia), cãibras musculares, dispneia.
- Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Insônia, alterações de humor (incluindo ansiedade), depressão, perda temporária de consciência (síncope), hipoestesia, parestesia, alteração do paladar (disgeusia), tremor, zumbido, hipotensão, rinite, tosse, boca seca, alopecia, pequenos sangramentos na pele e mucosa (púrpura), descoloração da pele, aumento da transpiração, coceira, erupção cutânea, exantema, urticária, artralgia, mialgia, dor nas costas, micção frequente, distúrbio da micção, nictúria, impotência, aumento dos seios nos homens, dor no peito, dor, mal-estar, aumento de peso, diminuição de peso, distúrbios do sono, distúrbios da condução cardíaca, deterioração da insuficiência cardíaca pré-existente, arritmia cardíaca, frequência cardíaca lenta (menos de 50 batimentos por minuto) (terapia de substituição), pressão arterial baixa, broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou histórico de doença pulmonar obstrutiva, fraqueza muscular
- Reações raras (ocorrem entre 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Confusão, nível elevado de triglicerídeos, pesadelos, ilusão dos sentidos, que é uma sensação anormal sem estímulo detectável, semelhante à sensação real e parecendo real (alucinação), secreção diminuída de lágrimas (deve ser levado em consideração se você usar lentes de contato), audição comprometida, rinite alérgica, hepatite, reações de hipersensibilidade, como coceira, rubor, erupção cutânea, enzimas hepáticas elevadas.
- Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): Diminuição do número de glóbulos brancos e plaquetas, reações alérgicas, nível elevado de açúcar no sangue, hipertonia, neuropatia periférica, ataque cardíaco, inflamação irregular de pequenos vasos sanguíneos (vasculite), gastrite, hiperplasia gengival, pancreatite, icterícia, inchaço agudo da pele ou mucosa que envolve mais frequentemente pálpebras, lábios, articulações, órgãos genitais, glote, faringe e língua (angioedema), inflamação grave da pele ou mucosa com vesículas vermelhas (eritema multiforme), eritema generalizado e descamação da pele (dermatite esfoliativa), lesões graves de bolhas na pele e mucosas da boca, regiões genitais e anais, com febre, dor de garganta e fadiga (síndrome de Stevens-Johnson), sensibilidade à luz do sol, conjuntivite, medicamentos com mecanismo de ação semelhante ao bisoprolol (ingrediente ativo da preparação) podem provocar ou piorar a psoríase (doença cutânea crônica com manchas vermelhas escamosas e coceira) ou podem causar distúrbios cutâneos semelhantes à psoríase, distúrbios combinando movimentos involuntários, rigidez, contrações musculares e tremor (síndrome extrapiramidal).
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Comprimidos 5/5 mg, 5/10 mg, 10/5 mg ou 10/10 mg
Embalagens contendo 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Cada comprimido contém:
Concor® Anlo 5 mg/5 mg
Hemifumarato de bisoprolol | 5 mg |
Besilato de anlodipino | 6,95 mg (equivalente a 5 mg de anlodipino base) |
Concor® Anlo 5 mg/10 mg
Hemifumarato de bisoprolol | 5 mg |
Besilato de anlodipino | 13,9 mg (equivalente a 10 mg de anlodipino base) |
Concor® Anlo 10 mg/5 mg
Hemifumarato de bisoprolol | 10 mg |
Besilato de anlodipino | 6,95 mg (equivalente a 5 mg de anlodipino base) |
Concor® Anlo 10 mg/10 mg
Hemifumarato de bisoprolol | 10 mg |
Besilato de anlodipino | 13,9 mg (equivalente a 10 mg de anlodipino base) |
Excipientes: amidoglicolato de sódio, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio.
No caso de suspeita de dose excessiva com Concor® Anlo, fale imediatamente com o seu médico. Dependendo de quão excessiva foi a dose, ele decidirá que medidas tomar. Poderão ocorrer sintomas como queda da pressão, aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos, dilatação acentuada dos vasos das extremidades.
O efeito de uma dose excessiva pode variar de pessoa para pessoa, sendo provavelmente mais sensíveis os pacientes portadores de insuficiência cardíaca. O edema pulmonar não cardiogênico (aumento de líquido no pulmão) raramente tem sido relatado como consequência de superdosagem de anlodipino, e que pode se manifestar com um início tardio (24-48 horas após a ingestão) e requer suporte médico imediato.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Concor® Anlo pode ser tomado com ou sem alimentos.
Somente tome os seguintes medicamentos com Concor® Anlo com a recomendação do seu médico:
- Medicamentos utilizados para tratar pressão alta, angina pectoris ou batimentos cardíacos irregulares do tipo antagonistas do cálcio, como o verapamil e o diltiazem;
- O grapefruit (toranja) e o suco de grapefruit não devem ser consumidos por quem está tomando Concor® Anlo, porque podem levar a um aumento nos níveis sanguíneos do princípio ativo anlodipino, e que pode causar um aumento imprevisível do efeito do Concor® Anlo sobre a redução da pressão sanguínea;
- Medicamentos utilizados no tratamento da pressão alta de ação central, como clonidina, metildopa, moxonodina, rilmenidina.
Consulte o seu médico se tomar Concor® Anlo com qualquer um dos seguintes medicamentos, porque pode ser necessário um acompanhamento especial:
- Medicamentos que reduzem o colesterol à base de sinvastatina;
- Medicamentos imunossupressores à base de tacrolimo e ciclosporina;
- Medicamentos utilizados para tratar batimentos cardíacos irregulares ou anormais (antiarrítmicos), como amiodarona, disopiramida, quinidina, lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona;
- Betabloqueadores de aplicação local (tais como colírios para o tratamento do glaucoma);
- Medicamentos para diabetes, incluindo insulina;
- Anestésicos empregados durante cirurgias;
- Digitálicos, utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca;
- Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs, como a indometacina, o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno e o diclofenaco), utilizados para tratar artrite, dor ou inflamação;
- Outros medicamentos usados para tratar pressão alta ou medicamentos que podem levar a uma diminuição da pressão como efeito indesejado, como antidepressivos tricíclicos (como a imipramina e a amitriptilina), barbitúricos (como o fenobarbital), fenotiazinas (como a levomepromazina);
- Medicamentos empregados para tratar outras doenças, como antimicóticos imidazólicos (como o cetoconazol e o itraconazol), antibióticos macrolídeos (eritromicina, claritromicina), rifampicina, Erva de São João (Hypericum perforatum);
- Medicamentos que atuam no sistema nervoso (por exemplo, para tratar a doença de Alzheimer), utilizados para estimular os órgãos internos ou para tratamento de glaucoma (parassimpaticomiméticos, como a tacrina e o carbacol), ou usados em situações de emergência para tratar condições circulatórias graves (simpaticomiméticos, como a isoprenalina, a dobutamina, a norepinefrina e a epinefrina);
- Mefloquina, utilizada na prevenção ou tratamento da malária;
- Antidepressivos denominados inibidores da monoaminoxidase (exceto os inibidores da MAO-B);
- Derivados da ergotamina, usados na enxaqueca.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Resultados de Eficácia
Lactentes que apresentam deficiência de LAL
O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.
No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.
Crianças e adultos com deficiência de LAL
O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.
Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:
Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.
Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02
a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.
Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.
Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.
População pediátrica
Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.
Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)
A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.
No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.
Mecanismo de ação
A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.
Propriedades farmacocinéticas
Crianças e adultos
A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.
Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população
* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração.
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.
Lactentes (< 6 meses de idade)
No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.
Linearidade/não linearidade
Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.
Populações especiais
Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.
Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.
Conservar Concor® Anlo em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
- Concor® Anlo (5 mg bisoprolol + 5 mg anlodipino): comprimidos alongados, levemente convexos, brancos ou quase brancos, sulcados em uma das faces e com a gravação “MS” na outra face.
- Concor® Anlo (5 mg bisoprolol + 10 mg anlodipino): comprimidos redondos, planos, brancos ou quase brancos, sulcados em uma das faces e com a gravação “MS” na outra face.
- Concor® Anlo (10 mg bisoprolol + 5 mg anlodipino): comprimidos ovais, levemente convexos, brancos ou quase brancos, sulcados em uma das faces e com a gravação “MS” na outra face.
- Concor® Anlo (10 mg bisoprolol + 10 mg anlodipino): comprimidos redondos, levemente convexos, brancos ou quase brancos, sulcados em uma das faces e com a gravação “MS” na outra face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S.: 1.0089.0413
Farmacêutico Responsável:
Alexandre Canellas de Souza
CRF-RJ nº 23277
Fabricado e embalado por:
Egis Pharmaceuticals PLC
Budapeste - Hungria
Importado por:
Merck S.A.
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro - RJ
CEP 22710-571
CNPJ 33.069.212/0001-84
Venda sob prescrição médica.
Especificações sobre o Concor Anlo
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Necessita de Receita:
Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Classe Terapêutica:
Especialidades:
Cardiologia
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Bula do Profissional:
CONCOR ANLO É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.
Sobre a Merck
Com o título de empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo, a Merck funciona desde 1668.
Hoje, conta com cerca de 50 mil funcionários, que trabalham no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas ao redor do mundo.
No Brasil, está presente desde 1923. São mais de 90 anos dedicados para avançar em tecnologia, fazendo a diferença na vida da população brasileira.
Fonte: https://www.merckgroup.com
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Concor Anlo 5mg + 5mg, caixa com 30 comprimidos | Concor Anlo 5mg + 10mg, caixa com 30 comprimidos | Concor Anlo 10mg + 5mg, caixa com 30 comprimidos | Concor Anlo 10mg + 10mg, caixa com 30 comprimidos | |
Dose | 5mg + 5mg | 5mg + 10mg | 10mg + 5mg | 10mg + 10mg |
Forma Farmacêutica | Comprimido | Comprimido | Comprimido | Comprimido |
Quantidade na embalagem | 30 Unidades | 30 Unidades | 30 Unidades | 30 Unidades |
Modo de uso | Uso oral | Uso oral | Uso oral | Uso oral |
Substância ativa | Alfassebelipase | Alfassebelipase | Alfassebelipase | Alfassebelipase |
Preço Máximo ao Consumidor/SP | R$ 98,22 | R$ 109,52 | R$ 109,52 | R$ 120,88 |
Preço de Fábrica/SP | R$ 73,72 | R$ 82,20 | R$ 82,20 | R$ 90,73 |
Tipo do Medicamento | Novo | Novo | Novo | Novo |
Pode partir? | Este medicamento não pode ser partido | Este medicamento não pode ser partido | Este medicamento não pode ser partido | Este medicamento não pode ser partido |
Registro Anvisa | 1008904130011 | 1008904130021 | 1008904130038 | 1008904130046 |
Precisa de receita | Sim, precisa receita | Sim, precisa receita | Sim, precisa receita | Sim, precisa receita |
Tipo da Receita | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) |
Código de Barras | 7891721029974 | 7891721029981 | 7891721029998 | 7891721030000 |