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Carboplatina Glenmark

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14,50

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Ajuda

Quantidade na embalagem

Ajuda

Isento de Prescrição Médica

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Bula do Carboplatina Glenmark

Carcinoma do ovário de origem epitelial, carcinoma de pequenas células do pulmão, carcinoma epidermóide das vias aéreas e digestivas superiores.

  • Antecedentes alérgicos à carboplatina ou a outros produtos contendo platina ou manitol;
  • Durante gravidez e aleitamento;
  • Pacientes com supressão medular ou sangramento severos.

Reconstituição da carboplatina

Imediatamente antes do uso, o conteúdo do frasco-ampola deve ser diluído em água para injeção, glicose 5% para injeção ou soro fisiológico 0,9% para injeção, com concentração final de 10 mg/ml. Carboplatina pode ser diluída até concetrações de 0,5 mg/ml.

Estabilidade das soluções reconstituídas

As soluções reconstituídas de carboplatina são estáveis durante 8 horas a 25ºC. Drogas de uso parenteral devem ser minuciosamente inspecionadas visualmente quanto a particulas suspensas antes da administração.

Incompatibilidades

O alumínio reage com a carboplatina formando precipitados e levando à perda da potência; portanto, agulhas ou instrumentos de uso intravenoso contendo partes em alumínio que possam entrar em contato com a droganão devem ser usados para preparação ou administração de carboplatina.

Cuidados de administração

Esta preparação é destinada somente para uso intravenoso, geralmente por infusão, durante 15 minutos ou mais. Pode ser administrada em pacientes de ambulatório desde que não se requeira hidratação.

Como em toda preparação de solução citotóxica, certas precauções especiais devem ser seguidas para a segurança no manuseio e descarte.

A preparação da droga deverá ser feita em área restrita, o ideal é manipulá-la em fluxo laminar vertical identificado (Cabine de Segurança Biológica – Classe II). A superfície de trabalho deverá estar coberta com plástico descartável revestida por papel absorvente.

Devem ser utilizadas roupas protetoras adequadas, tais como luvas descartáveis, óculos de segurança, vestimentas e máscaras descartáveis. Em caso de contato com os olhos, lavar com grande quantidade de água ou solução fisiológica.

Todos os instrumentos e seringas a serem usados devem possuir acessórios Luer-Lock. Uma possível formação de aerossóis pode ser reduzida pelo uso de agulhas de largo calibre e/ou agulhas hipodérmicas com abertura de escape.

Posologia do Carboplatina - Glenmark


Carcinoma ovariano avançado

Tratamento inicial

Em pacientes com carcinoma ovariano avançado, a carboplatina em combinação com outras drogas é recomendada na dose de 300 mg/m2 I.V., no 11º dia de cada 4 semanas por 6 ciclos.

Tratamento secundário

A carboplatina, como monoterapia, tem sido eficaz em pacientes com carcinoma ovariano. A dosagem recomendada é de 360 mg/m2 I.V., recorrência no 11º dia de cada 4 semanas.

Metástase de carcinoma de pequenas células do pulmão

A dose recomendada é de 400 mg/m2, dose única I.V., administrada por infusão rápida, por curto período de tempo (15 - 60 min). A terapia não pode ser repetida antes de 4 semanas após o tratamento prévio com carboplatina. O uso ideal em combinação com outros agentes mielossupressores requer ajuste de dose de acordo com a dieta e esquema posológico adotado.

Ajuste de dosagem

Recomenda-se uma redução inicial na dose de 20 a 25%, quando os pacientes apresentam fatores de risco, como tratamento mielossupressor prévio e capacidade física diminuída (ECOG-Zubrod -4 ou Karnofsky abaixo de 80%).

Recomenda-se determinar o nadir hematológico semanalmente para reajuste posológico futuro.

Pacientes com Disfunção Renal

Pacientes com clearance de creatinina abaixo de 60 ml/min apresentam maior risco de supressão severa da medula óssea. E em pacientes com lesão renal que receberam terapia única com carboplatina, a incidência de leucopenia, neutropenia ou trombocitopenia severas tem sido em torno de 25% quando foram utilizadas modificações de dosagem, conforme tabela abaixo.

Clearance de creatinina basal

Dose inicial recomendada

41-59 ml/min

250 mg/m2

16-40 ml/min

200 mg/m2

Recomenda-se que estas doses sejam aplicadas para início de tratamento. As doses subsequentes podem ser ajustadas de acordo com a tolerância do paciente, baseadas no grau da supressão da medula óssea.

Em geral, ciclos intermitentes de carboplatina não devem ser repetidos até que a contagem de neutrófilos seja no mínimo 2.000 células/mm3 e a de plaquetas, 100.000 células/ mm3.

A neurotoxicidade não é freqüente; contudo, em pacientes idosos e/ou tratados previamente com cisplatina sua incidência aumenta.

Têm sido relatadas reações alérgicas à carboplatina. Elas podem ocorrer minutos após a administração e podem necessitar terapia de suporte apropriada.

Altas doses de carboplatina (4 vezes maior que as recomendadas) podem resultar em severas anormalidades nos testes de função hepática. A mielossupressão tem relação direta com a função renal. Os pacientes com disfunção renal ou em tratamento com outros fármacos nefrotóxicos podem sofrer mielossupressão mais intensa e prolongada.

Gravidez e lactação

A carboplatina pode causar anormalidades fetais quando administrada em mulheres grávidas. A carboplatina também apresentou embriotoxicidade e teratogenicidade em ratos. Se a droga for usada durante a gravidez, ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento, deverá ser alertada sobre os riscos potenciais para o feto.

Mulheres em idade fértil também devem ser avisadas sobre os riscos e devem ser aconselhadas a não engravidar durante o tratamento.

Não se sabe ao certo se a carboplatina é excretada no leite materno.

Devido à possibilidade de causar toxicidade no lactente, recomenda-se que o aleitamento seja descontinuado durante o tratamento com carboplatina.

Pacientes idosos

Incidência de neurotoxidade está aumentada e mielotoxidade pode ser mais severa em pacientes com idade acima de 65 anos. Em pacientes idosos é mais comum a ocorrência de disfunção renal, o que pode requerer dosagem reduzida e cuidados de monitorização sanguínea quando em tratamento com carboplatina.

Advertência do Carboplatina - Glenmark


Carboplatina pó liófilo para solução injetável deve ser administrada sob a supervisão de um médico qualificado experiente no uso de agentes quimioterápicos. Manuseio apropriado (da terapia e complicações) é possível somente quando facilidades de um tratamento adequado estão rapidamente disponíveis.

A supressão da medula óssea está relacionada com a dose e pode ser severa, resultando em infecções e/ou sangramento. Anemia pode ser cumulativa e pode requerer suporte de transfusão. Vômito é outro efeito colateral freqüente relacionado com o medicamento.

Reações do tipo anafiláticas ao medicamento têm sido relatadas e podem ocorrer minutos após administração de carboplatina. Epinefrina, corticosteróides e anti-histamínicos têm sido empregados para avaliar os sintomas.

Toxicidade hematológica

A mielossupressão é a toxicidade doselimitante da carboplatina. Nas doses máximas toleradas como agente único, ocorre trombocitopenia com nível plaquetário abaixo de 50.000/mm; em 34% dos pacientes. Este nível aparece entre os dias 14 e 21, recuperando-se após 35 dias do início da terapia. Aparece, também, leucopenia com menos de 2.000/mm, em 20% dos pacientes entre os dias 14 e 28, recuperando-se após 42 dias da administração. Observou-se, também, uma diminuição dos níveis de hemoglobina, abaixo de 9,5 g/dL em 48% dos pacientes.

Todas essas reações são mais graves em pacientes com insuficiência renal prévia, capacidade física abalada e indivíduos acima de 65 anos. A mielossupressão é reversível quando se usa carboplatina isoladamente.

Está descrita, também, a aparição de complicações infecciosas e hemorrágicas em 4 a 6% dos pacientes tratados com carboplatina.

Nefrotoxicidade

Podem aparecer níveis elevados de uréia e creatinina em 15% dos pacientes. A incidência e intensidade da nefrotoxicidade estão relacionadas com insuficiência renal prévia ao tratamento com carboplatina. Quando existem alterações graves da função renal, o tratamento deve ser interrompido. Dano renal é verificado pela diminuição do clearance de creatinina, abaixo de 60mL/min. Pode também ocorrer diminuição do magnésio, cálcio e potássio séricos.

Toxicidade gastrintestinal

25% dos pacientes apresentam náuseas e vômitos, que respondem à terapêutica antiemética, geralmente desaparecendo em 24 horas. Esta terapêutica pode, igualmente, prevenir o aparecimento dos sintomas.

Podem ocorrer diarréia e constipação.

Reações alérgicas

Não são freqüentes estas reações com a carboplatina (menos de 2%). São semelhantes às observadas com outros compostos à base de platina, ou seja, erupção eritematosa, febre sem causa aparente, prurido, broncoespasmo e hipotensão.

Ototoxicidade

Pode aparecer diminuição da acuidade auditiva para freqüências altas (4.000 a 8.000 Hz) em 15% dos pacientes. Somente 1% dos pacientes referem sintomas clínicos, como tinitus.

Neurotoxicidade

O aparecimento de neuropatia periférica após administração de carboplatina situa-se em torno de 6%. Na maioria dos pacientes, a neurotoxicidade se limita a parestesias e hiporreflexia tendinosa.

As neuropatias prévias ao tratamento poderão agravar-se com a terapia com carboplatina.

Outros efeitos indesejáveis

Cerca de um terço dos pacientes manifestam anomalias nas provas de função hepática (fosfatase alcalina, SGOT e SGPT e bilirrubina) que desaparecem espontaneamente ou ao longo do tratamento. Raramente perda transitória da visão, fraqueza, alopécia, efeitos genitourinários, dor, astenia, etc.

Apresentação

Pó liófilo para solução injetável:

Embalagens com 1 frasco-ampola (com capacidade de 20 ml).

Uso intravenoso.

Uso adulto.

Composição

Cada frasco-ampola contém:

Carboplatina

150 mg

Excipiente

300 mg

Excipiente: manitol.

Não existe antídoto para carboplatina.

Utilizar um quelante intravenoso, promover a diurese e hidratar o paciente. No caso de anúria, hemodialisar o paciente. Usar corticosteróides ou anthistamínicos nas reações alérgicas intensas.

As complicações de superdosagem são decorrentes de supressão medular ou toxicidade hepática.

Não administrar carboplatina com antibióticos aminoglicosídeos ou outros fármacos nefrotóxicos, pois poderá haver potencialização dos efeitos adversos.

Não deve entrar em contato com alumínio, pois este pode reagir com a carboplatina causando formação de precipitado e perda de potência.

Carboplatina/mielossupressores

O uso simultâneo de carboplatina com outras terapias mielossupressoras pode necessitar mudanças na dosagem ou frequência da administração da carboplatina de forma a minimizar efeitos mielosupressores aditivos.

Carboplatina/Cisplatina

Incidência de neurotoxicidade ou ototoxicidade induzidas por carboplatina estão aumentadas em pacientes previamente tratados com cisplatina; o uso de carboplatina piora a neurotoxicidade ou ototoxidade pré-existentes induzidas pela cisplatina.

Carboplatina/Drogas Nefrotóxicas

Carboplatina possui limitado potencial nefrotóxico, porém, o tratamento concomitante com compostos nefrotóxicos pode aumentar ou exacerbar a toxicidade da carboplatina provocando alterações no clearance renal.

Carboplatina/Vacinas com Vírus Mortos

Como a terapia com carboplatina suprime os mecanismos de defesa normais do organismo, a resposta dos anticorpos à vacina pode estar diminuída. O intervalo entre a descontinuação da medicação imunossupressora e a restauração da capacidade do paciente em responder à vacina depende da intensidade e do tipo de imunosupressão causada pela medicação, doenças de base, e outros fatores; estimativas variam de 3 meses a 1 ano.

Carboplatina/Vacinas com Vírus Vivo

Como os mecanismos de defesa normais do organismo estão suprimidos em virtude da terapia com carboplatina, o uso concomitante de vacina com vírus vivo pode potencializar a replicação do vírus vacinal, podendo aumentar os efeitos adversos da vacina, e/ou podem diminuir a resposta por anticorpos à vacina. A imunização destes pacientes somente poderá ser feita sob extrema cautela, após análise cuidadosa dos parâmetros hematológicos do paciente e somente com conhecimento e consentimento do médico responsável pela terapia com carboplatina. O intervalo entre a descontinuação da medicação que causa imunossupressão e a restauração da capacidade do paciente em responder à vacina depende da intensidade e tipo de imunossupresão causadas pelo medicamento, da doença de base e outros fatores; estimativas variam de 3 meses a 1 ano.

Pacientes com leucemia em remissão não devem receber vacinas com vírus vivos até aproximadamente 3 meses após sua última quimioterapia.

Além disso, a imunização com vacina oral para poliomielite deve ser adiada às pessoas de contato mais próximo com o paciente, especialmente membros da família.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

Resultados de Eficácia


Oitenta e oito pacientes com câncer epitelial de ovário fase IIB – III foram randomizadas para receber em primeira linha cisplatina como agente único (100 mg/m2) mensal ou Carboplatina (400mg/m2) mensal por até 5 ciclos.

Crossover para o análogo inverso ocorreu com a progressão ou a falta de resposta. O número mediano de episódios de vômitos por ciclo com cisplatina foi 16 e com Carboplatina 2 (p < 0,001). No braço cisplatina 27/40 (67,5 %) desenvolveram toxicidade renal leve, 9/40 (22,5%) neurotoxicidade OMS grau 1 e 18/40 (45%) evidência de ototoxicidade em audiometria. No braço Carboplatina não foi observada neuro ou ototoxicidade e 1/40 (2,5%) desenvolveram toxicidade renal OMS grau 1. Mielossupressão e anemia foram mais comuns com Carboplatina, mas apenas um episódio de trombocitopenia grau IV foi visto com a primeira linha de Carboplatina. A taxa de resposta clínica (CR + PR) para a cisplatina foi de 19/40 e para Carboplatina 27/40. A sobrevida para o grupo cisplatina em 24 meses foi de 50% e para o grupo de Carboplatina 58%, sem diferença significativa. A Carboplatina parece ser menos tóxica do que a cisplatina, com taxas de sobrevida e resposta semelhantes.

Um estudo de fase III (n=637) comparou a dose convencional de paclitaxel e Carboplatina administrados a cada 3 semanas versus a administração dose-densa semanalmente de paclitaxel combinado com a administração de Carboplatina (AUC = 6) a cada 3 semanas em pacientes com câncer epitelial avançado de ovário, câncer de trompa de falópio ou câncer peritoneal primário. A mediana de Sobrevida Livre de Progressão (SLP), desfecho primário deste estudo, foi substancialmente melhorada no grupo de tratamento com dose-densa (28 vs 17,2 meses, Hazard Ratio (HR) 0.71, IC 95% 0.58-0.88, P = 0.0015). A Sobrevida Global (SG) aos 3 anos também foi maior no tratamento com dose-densa com paclitaxel (72,1%) do que no grupo de tratamento convencional (65.1%, HR 0.75, 0.57-0.98; P = 0.03). Os resultados a longo prazo em um período médio de 76,8 meses foram: A SLP mediana foi significativamente mais longa no grupo que recebeu paclitaxel dose-densa do que no regime convencional (28.2 vs 17.5 meses, Hazard Ratio (HR) 0.76; IC 95% 0.62-0.91; P = 0.0037), e a SG mediana foi de 100.5 meses no regime dose-densa versus 62.2 meses no regime convencional (HR 0.79, IC 95% 0.63-0.99, P = 0.039).

119 pacientes foram alocados para quatro ciclos de ciclofosfamida, doxorrubicina e vincristina (CAV) ou Carboplatina como agente único. Os pacientes tiveram um escore de desempenho de Karnofsky < ou = 50 e/ou um escore prognóstico indicativo de uma taxa de sobrevivência de 1 ano < ou = 15%. A neutropenia de grau 3-4 e o uso de antibióticos intravenosos foram significativamente mais comuns com o regime CAV (P <0,005). Por outro lado, a trombocitopenia de grau 3-4 foi mais comum (P <0,0009) e a transfusão de plaquetas foi mais frequente (P <0,05) com a terapia com Carboplatina. A toxicidade não hematológica foi semelhante nos dois braços de tratamento, com exceção da alopecia com o esquema CAV (P <0,0007). O alívio dos sintomas ocorreu em 48% e 41% dos pacientes nos grupos de tratamento CAV e Carboplatina, respectivamente. A dispneia melhorou em 66% e 41% dos pacientes e a tosse em 21% e 7% dos pacientes nos grupos de tratamento com CAV e Carboplatina, respectivamente. A terapia com CAV produziu uma taxa de resposta maior que a Carboplatina (38% vs. 25%), mas esta não foi estatisticamente significativa (P = 0,15). A sobrevida global mediana para os pacientes nos braços de CAV e Carboplatina foi de 17 semanas e 15.9 semanas, respectivamente, com taxas de sobrevivência de 1% a 12% e 6%.

Comparou-se a eficácia e a segurança de um regime de tratamento baseado em Carboplatina em associação ao etoposídeo (CE) vs doses divididas de cisplatina em associação ao etoposídeo (SPE) em pacientes idosos ou nos casos com prognóstico pobre naqueles com câncer de pulmão de pequenas células e doença extensa (ED-SCLC). Os critérios de elegibilidade incluíram: ED-SCLC não tratada; idade acima ou igual a 70 anos e performance (SP) 0-2, ou idade menor que 70 e performance 3. O braço CE recebeu Carboplatina IV (AUC = 5) no dia 1 e etoposídeo 80 mg/m2 IV nos dias 1-3. O braço SPE recebeu cisplatina 25 mg/m2 IV nos dias 1-3 e Etoposídeo 80 mg/m2 IV nos dias 1-3. Um total de 220 pacientes foram randomizados. A média de idade foi de 74 anos e 74% tinham SP de 0 ou 1. Eventos adversos graus 3-4 foram (%CE/%SPE): leucopenia 54/51, neutropenia 95/90, trombocitopenia 56/16, infecção 7/6. Não houve diferença significativa (CE/SPE) na taxa de resposta (73/73%) e na sobrevida global (mediana 10,6 / 9,9 mo; P = 0,54). Embora o regime de SPE ainda seja considerado como o tratamento padrão em idosos ou naqueles com prognóstico pobre com ED-SCLC, o regime CE pode ser uma alternativa para esta população considerando o risco-benefício.

Quarenta e um pacientes elegíveis com carcinoma metastático ou recorrente do colo uterino receberam 149 ciclos de Carboplatina. O fármaco foi administrado numa dosagem inicial de 400 mg/m2 IV a cada 28 dias. No geral, a resposta foi de 15% (duas respostas completas, 9 respostas parciais; 95% IC de 6-29%) e as durações das respostas foram 2.0, 2.0, 2.5 + 2.5 +, 5.25 + e 6.75 meses. Os principais efeitos tóxicos incluíram náuseas e vômitos em 48% dos ciclos, anemia em 47%, leucopenia em 38% e trombocitopenia em 22%. A atividade da Carboplatina contra o câncer de colo avançado é modesta e semelhante ao da cisplatina isoladamente, no entanto o perfil de toxicidade da Carboplatina é substancialmente melhor do que o da cisplatina.

O estudo randomizado JCOG0505 fase III avaliou os benefícios clínicos do esquema baseado em Carboplatina. As doentes elegíveis (N=253) tinham câncer de colo do útero metastático ou recorrente e tinham ≤ um tratamento contendo platina e nenhum tratamento com taxano anteriormente. As doentes foram distribuídas aleatoriamente ao esquema paclitaxel + cisplatina (TP paclitaxel 135 mg/m2 durante 24 horas no dia 1 e cisplatina 50 mg/m2 no dia 2, repetidas a cada 3 semanas) ou paclitaxel + Carboplatina (TC paclitaxel 175 mg/m2 durante 3 horas e Carboplatina AUC = 5 no dia 1, repetida a cada 3 semanas). O end-point primário foi a sobrevida global (SG). HR da SG foi de 0,994 (IC 90%, 0.79 a 1.25; não-inferioridade P = 0,032 por regressão estratificada de Cox). A SG média foi de 18,3 meses com TP versus 17,5 meses com TC. Entre os doentes que não tinham recebido cisplatina prévia a SG foi menor com TC (13,0 v 23,2 meses, HR, 1.571; IC 95%, 1.06 a 2.32). A proporção de períodos de não-hospitalização foi significativamente maior com TC (P <0,001).

Quinze pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente, previamente tratados com quimioterapia de indução (Cisplatina e 5-FU), seguido por quimio e radioterapia foram tratados com Carboplatina (AUC=5) e paclitaxel 175 mg/m2 por via intravenosa a cada 3 semanas. Todos os pacientes foram avaliados quanto à resposta e toxicidade. Após três ciclos de quimioterapia, observou-se resposta completa (6,6%) e 7 respostas parciais (46,6%), com uma taxa de resposta geral de 53,2% (IC 95 % 26.6-78.7 %). Doença estável foi observada em 2 pacientes (13,3%) e doença progressiva foi observada em cinco pacientes (33,3 %). A toxicidade foi leve: foi registrado um caso de toxicidade grau 3 (neutropenia) e nenhum efeito colateral grau 4. Os autores concluem que a combinação de Carboplatina e paclitaxel foi bem tolerada e pode ser administrada com segurança a pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente como tratamento de segunda linha.

Iganej et al realizou um estudo para determinar a eficácia da Carboplatina tri-semanal como agente único em 120 pacientes recentemente diagnosticados com idade mediana de 58 anos em Estágio 3 (22%) ou 4A/B (78%) com carcinoma orofaríngeo tratado com quimiorradiação definitiva. Os pacientes foram tratados com Carboplatina (AUC = 5) × 3 nos Dias 1, 22 e 43 juntamente com radioterapia convencional concomitante (n = 67) ou radioterapia de intensidade modulada (N = 53) a 70 Gy. O seguimento médio foi de 64 meses. Dos 120 pacientes, 15 (12,5%) tiveram recidiva loco-regional (LR), e um total de 9 pacientes (7,5%) recidivaram à distância. Durante ou após a quimioterapia (< 90%), apenas 26% dos pacientes necessitaram de sonda para alimentação. De 120 pacientes, 90% receberam 3 ciclos de Carboplatina e 98% uma dose planejada de radioterapia. Os três anos de controle locoregional e a sobrevida global para todo o grupo foram 88% e 82%, respectivamente; Estas taxas para 92 pacientes elegíveis para RTOG 0129 (T2N2-3, T3-4 qualquer N) foram 86% e 77%. No último seguimento, apenas 3% estavam dependentes de sonda para alimentação. Os autores concluíram que este foi o primeiro relato de Carboplatina tri-semanal com radioterapia para o carcinoma orofaríngeo localmente avançado, e este tratamento foi melhor tolerado e mais viável do que a cisplatina tri-semanal em altas doses, apresentando resultados similares/favoráveis de controle de doença e taxa de sobrevivência.

Referências Bibliográficas

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8. Iganej S, Buchschacher GL, Abdalla I, et al. Triweekly Carboplatin Alone as Concurrent Chemotherapy for Oropharyngeal Carcinoma Treated With Definitive Chemoradiation: Outcomes of 120 Unselected Patients and a Comparison to the RTOG 0129 Regimen Results. International Journal of Radiation Oncology Biology Physics 2013; 87(2, Suppl. S):S439.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacodinâmico

A Carboplatina é um agente antineoplásico composto de platina.

Mecanismo de ação

A Carboplatina se liga ao DNA através de ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a configuração da hélice e inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente independente do ciclo.

Propriedades farmacodinâmicas

A Carboplatina é um composto de platina, cis-diamina (1,1-ciclobutanodicarboxil) platina, com efeito antineoplásico. As propriedades bioquímicas são similares às da cisplatina.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após dose única por via intravenosa, sob infusão por 60 minutos, a concentração plasmática de platina total e platina livre (ultra filtrada) apresenta redução bifásica conforme cinética de primeira ordem. A meia-vida inicial da platina livre é da ordem de magnitude de 1 a 2 horas e a meia-vida final é de 3 a 6 horas. A platina total tem a mesma meia-vida inicial, enquanto que a meia-vida final é mais baixa (aproximadamente 24 horas). Uma relação aproximadamente linear entre a dose (na área de 300 – 500 mg/m2 ) e a AUC plasmática de platina total e livre é atingida. Repetidas doses de Carboplatina durante 4 dias consecutivos não causam acúmulos de platina no plasma. Após 24 horas da administração da dose, 85% da platina plasmática está ligada à proteínas.

Distribuição

O volume de distribuição para Carboplatina é de 16 litros.

Eliminação

A Carboplatina é excretada principalmente através da urina, na qual 30% da dose é secretada inalterada. Em pacientes com clearance de creatinina de 60 mL/min ou mais, 65% e 70% da dose é recuperada após 12 e 24 horas, respectivamente. O clearance total da Carboplatina é de 4,4 litros/hora.

Dados de segurança pré-clínicos

A DL50 da Carboplatina intravenosa é de 150 e 61 mg/kg para camundongos e ratos, respectivamente, e acima de 31,1 mg/kg para cães. Os principais órgãos atingidos após administração única foram sistema hematolinfopoiético, rins e trato gastrintestinal. Efeitos tóxicos após repetidas doses foram investigados em camundongos, ratos e cães.

Os principais órgãos atingidos foram sistema hematolinfopoiético, trato gastrintestinal, rins, fígado e órgãos reprodutivos de ambos machos e fêmeas.

O tratamento de ratos, machos e fêmeas, com Carboplatina intravenosa antes do acasalamento e até a implantação, causou aumento da letalidade fetal e diminuição de fetos vivos. O tratamento de ratas grávidas com Carboplatina intravenosa durante a organogênese (dias 7 – 17) causou retardo no desenvolvimento e crescimento fetal e crescimento pós-natal lento. O tratamento sem interrupção de ratas a partir do 17º dia de gravidez, passando pelo período de amamentação, até o desmame, não causou qualquer efeito no nascimento, na viabilidade ou no desenvolvimento da prole.

A Carboplatina apresentou-se genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo que foram conduzidos.

Estudos de toxicidade demonstraram que o extravasamento da injeção causa necrose tissular.

Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15ºC - 30ºC), protegido da luz. As soluções reconstituídas de carboplatina são estáveis durante 8 horas a 25°C.

Prazo de validade

O prazo de validade é de 24 meses, contados a partir da data de fabricação, que se encontra impressa na embalagem externa do produto, juntamente com o número do lote. Não use medicamentos que estejam fora do prazo de validade, pois o efeito desejado pode não ser obtido.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS 1.1013.0239.001-4

Farmacêutica Reponsável:
Luciana Righetto CRF/SP 32.968

Fabricado por:
Laboratórios IMA S.A.I.C.
Ciudad de Buenos Aires - Pcia. De Buenos Aires - Argentina.

Importado por:
Glenmark Farmacêutica Ltda.
RuaAlexandre Dumas, 1711 – São Paulo - SP
C.N.P.J. 44.363.661/0001-57
Indústria Brasileira

SAC
0800 7730130

Nº. do lote, data de fabricação e prazo de validade: Vide Cartucho.

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.


Especificações sobre o Carboplatina Glenmark

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Necessita de Receita:

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Oncologia

CARBOPLATINA GLENMARK É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.

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Imagem 1 do medicamento Carboplatina Glenmark
Imagem 1 do medicamento Carboplatina Glenmark
Carboplatina Glenmark 150mg, caixa com 1 frasco-ampola com 20mL de pó para solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)Carboplatina Glenmark 450mg, caixa com 1 frasco-ampola com 100mL de pó para solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)

Dose

Ajuda

150mg

450mg

Forma Farmacêutica

Ajuda

Solução injetável

Solução injetável

Quantidade na embalagem

Ajuda

20 mL

100 mL

Modo de uso

Uso injetável

Uso injetável

Substância ativa

CarboplatinaCarboplatina

Preço de Fábrica/SP

R$ 230,92

R$ 466,14

Tipo do Medicamento

Ajuda

Genérico

Genérico

Pode partir?

Ajuda

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Registro Anvisa

1101302390014

1101302400011

Precisa de receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Tipo da Receita

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Código de Barras

7897473202009

7897473202016

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