AmBisome
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Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Bula do AmBisome
O ingrediente ativo do AmBisome® é a anfotericina B, um antibiótico antifúngico usado para tratar infecções graves causadas por fungos. AmBisome® é usado para tratar infecções fúngicas severas oportunistas e/ou infecções fúngicas endêmicas e infecções fúngicas oportunistas sistêmicas.
Seu médico poderá prescrever AmBisome® se achar que você contraiu uma infecção fúngica porque sua contagem de leucócitos no sangue está baixa. Neste caso, seu médico só prescreverá AmBisome® se você continuar com febre após ter recebido antibióticos por quatro dias.
AmBisome® também é indicado no tratamento de leishmaniose visceral, uma doença causada por um parasita.
AmBisome® não é indicado no tratamento de infecções fúngicas comuns leves, como, por exemplo, infecções na unha.
Os lipossomas são esferas fechadas formadas por diversas substâncias, como fosfolipídios, um tipo de partícula de gordura. Os fosfolipídios se organizam em uma camada dupla (bicamada) quando colocados em soluções aquosas. Devido à sua estrutura, a anfotericina é atraída pelo componente de gordura que permite que o fármaco se integre à bicamada lipídica dos lipossomas.
A anfotericina B é fungistática (reduz a taxa de crescimento de fungos) ou fungicida (mata fungos) dependendo de sua concentração nos fluidos corporais e da suscetibilidade do fungo ao medicamento. Acredita-se que a ação do medicamento ocorra através da sua ligação com esteróis na membrana celular fúngica, alterando a parede celular e permitindo a passagem de vários tipos de moléculas pequenas. As membranas celulares de mamíferos também contêm esteróis, e foi sugerido que a anfotericina B pode danificar membranas de células humanas através do mesmo mecanismo pelo qual causa danos a células fúngicas.
Seu médico não lhe prescreverá AmBisome® se:
- Você for alérgico (hipersensibilidade) à anfotericina B ou a qualquer outro ingrediente de AmBisome®.
- Você já tiver tido uma reação anafilática ou anafilactoide grave ao AmBisome® (uma reação alérgica imediata, com risco de morte e sintomas como vermelhidão, coceira, mal-estar, inchaço da face, boca, língua e vias respiratórias, que muitas vezes é grave o bastante para dificultar a respiração).
Este medicamento é contraindicado em pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, má absorção de glicose-galactose ou insuficiência de sacarose-isomaltase.
AmBisome® é um pó (liofilizado) para solução para infusão. Cada frasco-ampola contém 50 mg do ingrediente ativo, anfotericina B.
AmBisome® é de uso restrito a hospitais e deve ser administrado por um médico ou enfermeiro.
Antes de usar, AmBisome® deve ser dissolvido em água para injeção estéril e então diluído em uma solução contendo dextrose. Ele deve ser administrado exclusivamente como infusão intravenosa. AmBisome® não deve ser administrado por nenhum outro método. AmBisome® não deve ser misturado a soluções salinas, outras drogas ou eletrólitos.
Instruções para Reconstituição e Diluição
Leia essa toda seção cuidadosamente antes de começar a reconstituição.
AmBisome® não é equivalente a outros produtos que contêm anfotericina B.
AmBisome® deve ser reconstituído utilizando água estéril para injeção (sem agente bacteriostático) e diluído em solução de dextrose (5%) destinada somente para infusão.
O uso de soluções não recomendadas ou contendo agentes bacteriostáticos (p.ex., álcool benzílico) pode causar a precipitação do AmBisome®.
AmBisome® é incompatível com solução salina e, portanto, não deve ser reconstituído ou diluído nesse tipo de solução ou administrado através de acessos venosos já utilizados para soro fisiológico, a menos que previamente irrigado com solução de dextrose (5%) para infusão. Se isso não for possível, AmBisome® deve ser administrado através de um acesso venoso separado.
Não misture AmBisome® a outros medicamentos ou eletrólitos.
O manuseio deve ser feito com técnica asséptica, pois AmBisome® e o material especificado para a sua reconstituição e diluição não contêm conservantes ou agentes bacteriostáticos.
Frascos-ampola de AmBisome® contendo 50 mg de anfotericina são preparados conforme se segue:
- Adicione 12 mL de Água para Injeção a cada frasco-ampola de AmBisome® a fim de obter uma preparação contendo 4 mg/mL de anfotericina B.
- Imediatamente após adicionar água, agite vigorosamente o frasco-ampola por 30 segundos para dispersar AmBisome® completamente. Após a reconstituição, o concentrado terá aspecto amarelo translúcido. Em seguida, observe se o frasco-ampola contém material particulado e continue agitando até dispersar todo o conteúdo. Não utilize se houver qualquer sinal de precipitação de material estranho.
- Calcule a quantidade de AmBisome® reconstituído (4 mg/mL) a ser rediluída.
- A solução para infusão é obtida diluindo-se o AmBisome® reconstituído em uma (1) a dezenove (19) partes de solução de dextrose (5%) para infusão, por volume, produzindo uma concentração final de anfotericina B no intervalo recomendado de 2,00 a 0,2 mg/mL na forma de AmBisome®.
- Retire o volume calculado de AmBisome® reconstituído com uma seringa. Usando o filtro de 5 micra fornecido, instile a preparação de AmBisome® em um recipiente estéril com a quantidade correta de solução de dextrose (5%) para infusão.
Pode-se usar um equipo com filtro de membrana para a infusão intravenosa do AmBisome®.
No entanto, o diâmetro médio dos poros do filtro não deve ser menor que 1,0 mícron.
Exemplo de preparação de solução de AmBisome® para infusão na dose de 3 mg/kg/dia em solução de dextrose 5% para infusão:
Peso (kg) |
Número de frascos-ampola | Quantidade de AmBisome® (mg) a ser retirada para diluição complementar | Volume de AmBisome® reconstituído (mL)* | Para gerar uma concentração de 0,2 mg/mL (diluição 1 para 20) | Para gerar uma concentração de 2,0 mg/mL (diluição 1 para 2) | ||
Volume de dextrose 5% necessário (mL) | Volume total (mL; AmBisome® mais dextrose 5%) | Volume de dextrose 5% necessário (mL) |
Volume total (mL; AmBisome® mais dextrose 5%) |
||||
10 | 1 | 30 | 7,5 | 142,5 | 150 | 7,5 | 15 |
25 | 2 | 75 | 18,75 | 356,25 | 375 | 18,75 | 37,5 |
40 | 3 | 120 | 30 | 570 | 600 | 30 | 60 |
55 | 4 | 165 | 41,25 | 783,75 | 825 | 41,25 | 82,5 |
70 | 5 | 210 | 52,5 | 997,5 | 1050 | 52,5 | 103 |
85 | 6 | 255 | 63,75 | 1211,25 | 1275 | 63,75 | 127,5 |
*Cada frasco-ampola de AmBisome® (50 mg) é reconstituído com 12 mL de Água para Injeção a fim de produzir uma concentração de 4 mg/mL de anfotericina B.
Somente para uso único. Descarte todo conteúdo não utilizado.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
Posologia e modo de usar
Seu médico poderá prescrever uma dose teste de 1 miligrama, administrada por infusão lenta de até 10 minutos de duração, após a qual você será monitorado por 30 minutos para verificar se a infusão de AmBisome® causou reações adversas.
Adultos
A dose de AmBisome® varia de acordo com o peso corporal e é ajustada para atender às necessidades de cada indivíduo.
Para tratar infecções fúngicas confirmadas, a terapia é iniciada com uma infusão de AmBisome® de 3,0 miligramas por quilograma de peso corporal por dia durante 3 a 4 semanas.
Para tratar infecções fúngicas suspeitas em pacientes com febre alta e globulos brancos baixos, a dose é de 3 miligramas por quilograma de peso corporal por dia.
Para tratar leishmaniose visceral, AmBisome® normalmente é administrado por infusão na concentração de 1,0 a 1,5 miligramas por quilograma de peso corporal por dia durante 21 dias ou 3,0 miligramas por quilograma de peso corporal por dia durante 10 dias.
As infusões normalmente levam de 30 a 60 minutos para serem administradas, mas as doses acima de 5 miligramas por quilograma de peso corporal por dia podem levar até 2 horas.
A concentração usual de AmBisome® em infusões intravenosas é de 0,2 a 2,0 mg/mL.
Crianças
AmBisome® foi usado para tratar crianças de 1 mês a 18 anos de idade. O cálculo da dose por quilograma de peso corporal é idêntico em crianças e em adultos. AmBisome® não foi estudado em bebês com menos de 1 mês.
Idosos
Não é necessário modificar a dose ou a frequência de infusão em pacientes idosos.
Pacientes com função renal reduzida
AmBisome® foi administrado a pacientes com função renal reduzida em doses entre 1 a 5 miligramas por quilograma de peso corporal por dia. Não é necessário alterar a dose ou a freqüência de infusão. Durante o tratamento com AmBisome®, seu médico ou enfermeiro colherá seu sangue regularmente para fazer exames para detectar alterações da função renal.
Pacientes com função hepática reduzida
Não existem disponíveis resultados em que se possa basear uma recomendação de dose.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Seu médico terá cuidado especial ao usar AmBisome®:
- Se você tiver uma reação anafilática grave. Neste caso, seu médico interromperá a infusão;
- Se você tiver outras reações que possam estar relacionadas com a infusão. Se isso acontecer, seu médico poderá reduzir a velocidade da infusão para que você receba AmBisome® durante um período mais longo (aproximadamente 2 horas). Seu médico pode também receitar medicamentos como difenidramina (um anti-histamínico), paracetamol, petidina (para aliviar a dor) ou hidrocortisona (um anti-inflamatório que reduz a resposta imunológica) para prevenir ou tratar reações infusionais;
- Se você estiver tomando outros medicamentos que possam causar lesões nos rins. AmBisome® pode causar lesões nos rins. Seu médico ou enfermeiro colherá seu sangue regularmente para fazer dosagens de creatinina (uma substância química do sangue que reflete a função renal) e eletrólitos (principalmente potássio e magnésio). Esses exames podem apresentar resultados anormais quando a função renal diminui. Isso é importante principalmente se você estiver tomando outros medicamentos que possam lesionar os rins. As coletas de sangue também servirão para exames de alterações da função do fígado e da capacidade do corpo produzir novas células sanguíneas e plaquetas;
- Se os resultados dos exames de sangue mostrarem níveis baixos de potássio. Se isso ocorrer, seu médico poderá prescrever um suplemento de potássio para você tomar enquanto se trata com AmBisome®;
- Se os resultados dos exames de sangue mostrarem uma alteração da função dos rins ou outras alterações importantes. Se isso acontecer, seu médico poderá administrar uma dose mais baixa de AmBisome® ou interromper o tratamento;
- Se você estiver recebendo ou tiver acabado de receber uma transfusão de leucócitos (células sanguíneas brancas). AmBisome® pode causar problemas pulmonares repentinos e graves se infundido durante ou logo após uma transfusão de leucócitos; portanto, seu médico recomendará que essas infusões sejam feitas com intervalos, os mais longos possíveis, e cuidará para que a sua função pulmonar seja monitorada;
- Se você estiver fazendo hemodiálise ou hemofiltração para insuficiência renal. Seu médico poderá iniciar o tratamento com AmBisome® depois que o procedimento tenha sido encerrado;
- Se você for diabético. Cada frasco-ampola de AmBisome® contém aproximadamente 900 miligramas de sacarose (açúcar).
Contém açucar.
Algumas reações adversas ao AmBisome® podem prejudicar a sua capacidade de dirigir ou de operar máquinas com segurança.
Gravidez e lactação
Antes de AmBisome® ser administrado, informe ao seu médico se estiver planejando engravidar ou já estiver grávida ou amamentando.
Não se sabe se AmBisome® é seguro em mulheres grávidas. Se você estiver grávida, seu médico só prescreverá AmBisome® se achar que os benefícios do tratamento superam os possíveis riscos a você e ao feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como todos os medicamento, AmBisome® pode causar reações adversas, embora estas não se manifestem em todos os pacientes.
A substância ativa do AmBisome® é a anfotericina B, que pode causar vários efeitos indesejáveis. No entanto, devido a sua composição especial, AmBisome® causa reações adversas menos graves e com menor frequência.
Durante a infusão, as reações relacionadas à infusão mais comuns são febre, calafrios e tremores. Reações menos frequentes relacionadas à infusão podem incluir aperto no peito, dor no peito, falta de ar, dificuldade de respirar (possivelmente com sibilos), rubor, frequência cardíaca acima da normal, e pressão arterial baixa e dor musculoesquelética (descrita como dor nas articulações, dor nas costas ou dos nos ossos). Esses sintomas desaparecem rapidamente quando a infusão é interrompida. Essas reações podem não tornar a ocorrer em infusões futuras de AmBisome® ou se a velocidade de infusão for reduzida (acima de 2 horas).
Seu médico poderá prescrever outros medicamentos para evitar essas reações infusionais ou tratar os sintomas que vierem a ocorrer. Se você apresentar uma reação infusional grave, seu médico interromperá a infusão de AmBisome® e você não receberá AmBisome® novamente.
As seguintes reações adversas ocorreram durante o tratamento com AmBisome®:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento (>1/10)):
- Cansaço, confusão mental, fraqueza muscular ou cãibras causadas por baixos níveis de potássio no sangue;
- Náuseas e vômitos;
- Febre, calafrios ou tremores.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento (>1/100 e < 1/10)):
- Cansaço, confusão mental, fraqueza muscular ou cãibras causadas por baixos níveis de magnésio, cálcio ou sódio no sangue;
- Níveis elevados de açúcar no sangue;
- Dor de cabeça;
- Frequência cardíaca acima da normal;
- Dilatação dos vasos sanguíneos, pressão arterial baixa e rubor;
- Falta de ar;
- Diarreia, dor abdominal;
- Resultados anormais da função hepática ou renal em exames de sangue ou urina;
- Erupção cutânea;
- Dor torácica ou nas costas.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento (≥1/1000 a < 1/100)):
- Sangramento debaixo da pele, hematoma sem causa evidente e sangramento prolongado após lesões;
- Reação anafilática;
- Convulsões (espasmos ou ataques);
- Dificuldade de respirar, com possível respiração ofegante.
As seguintes reações adversas também ocorreram durante o tratamento com AmBisome®, embora não se saiba com que frequência:
- Anemia (redução da quantidade de glóbulos vermelhos no sangue com sintomas de cansaço excessivo, falta de ar após atividades leves e palidez);
- Reações anafiláticas e de hipersensibilidade;
- Ataque cardíaco e alterações do ritmo cardíaco;
- Insuficiência renal e redução da função renal;
- Inchaço grave da pele ao redor dos lábios, olhos ou língua;
- Esgotamento muscular;
- Dor nos ossos e articulações.
Interferência em dosagens de fósforo no sangue. A dosagem de fosfato sérico em amostras de pacientes tratados com AmBisome® pelo ensaio PHOSm (p.ex., usado em analisadores Beckman Coulter, incluindo o Synchron LX20) pode apresentar elevações falsas.
Caso os seus exames mostrem níveis elevados de fosfato, poderão ser necessárias análises complementares, feitas em sistemas diferentes, para confirmar os resultados.
Eventos adversos menos comuns
Os seguintes eventos adversos tem sido reportados em 2% a 10% dos pacientes tratados com AmBisome® que receberam quimioterapia ou transplante de medula óssea, ou em pacientes portadores do vírus HIV, em seis ensaios clínicos comparativos:
- Corpo como um todo: abdômen aumentado, reação alérgica, celulite, reação imunológica mediada por células, edema de face, doença de enxerto versus hospedeiro, mal-estar, dor no pescoço e complicação de procedimento;
- Sistema cardiovascular: arritmia, fibrilação atrial, bradicardia, parada cardíaca, cardiomegalia, hemorragia, hipotensão postural, doença cardíaca valvular, distúrbio vascular, vasodilatação (rubor);
- Sistema digestório: anorexia, constipação, boca/nariz secos, dispepsia, disfagia, eructação, incontinência fecal, flatulência, hemorróidas, hemorragia oral / gengiva, hematêmese, dano hepatocelular, hepatomegalia, exames da função hepática com resultados anormais, íleo paralítico, mucosite, distúrbio retal, estomatite, estomatite ulcerativa e doença hepática veno-oclusiva;
- Distúrbios do sangue e sistema linfático: anemia, distúrbio da coagulação, equimose, sobrecarga hídrica, petéquias, aumento ou diminuição da protrombina e trombocitopenia;
- Transtornos Metabólicos e Nutricionais: acidose, aumento da amilase, hipercloremia, hipercalemia, hipermagnesemia, hiperfosfatemia, hiponatremia, hipofosfatemia, hipoproteinemia, aumento da lactato desidrogenase, aumento do nitrogênio não proteico (NNP) e alcalose respiratória;
- Sistema musculoesquelético: artralgia, dor óssea, distonia, mialgia e rigidez muscular;
- Sistema nervoso: agitação, coma, convulsão, tosse, depressão, disestesia, tontura, alucinações, nervosismo, parestesia, sonolência, pensamentos anormais e tremor;
- Sistema respiratório: asma, atelectasia, hemoptise, soluços, hiperventilação, sintomas semelhantes aos da gripe (“influenza-like”), edema pulmonar, faringite, pneumonia, insuficiência respiratória, parada respiratória e sinusite;
- Pele e Anexos: alopecia, pele seca, herpes simples, inflamação no local de injeção, erupção maculopapular, púrpura, descoloração da pele, desordens cutâneas, úlceras cutâneas, urticária e erupção vesiculo bolhosa;
- Distúrbios Oftalmológicos: conjuntivite, hemorragia ocular e olhos secos;
- Sistema Urogenital: função renal anormal, insuficiência aguda dos rins, insuficiência renal aguda, disúria, insuficiência renal, nefropatia tóxica, incontinência urinária e hemorragia vaginal.
Experiência pós-comercialização
- Além das reações adversas mencionadas acima, as seguintes reações foram relatadas (infrequentemente) na vigilância pós-comercialização: angioedema, eritema, urticária, broncoespasmo, cianose/hipoventilação, edema pulmonar, agranulocitose, cistite hemorrágica e rabdomiólise.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Pó para solução para infusão 50 mg/frasco
- Cada caixa contém dez frascos-ampola com 10 filtros de 5 micra estéreis descartáveis.
AmBisome® Pó para Solução para Infusão é um produto liofilizado estéril para infusão intravenosa. É um pó estéril amarelo-vivo apresentado em frascos-ampola de vidro de 20 mL. Cada frasco-ampola contém, como ingrediente ativo, 50 mg de anfotericina B encapsulado em lipossomas. Após a reconstituição, o concentrado contém 4 mg/mL de anfotericina B.
Esse medicamento é de uso exclusivo hospitalar e deve ser utilizado de acordo com as instruções de uso contidas nesta bula.
Uso intravenoso.
Uso adulto e pediátrico acima de 1 mês.
Ingredientes ativos
50 mg de anfotericina B (50.000 unidades).
Ingredientes inativos
Fosfatidilcolina hidrogenada de soja, colesterol, distearoil fosfatidilglicerol sódico, racealfatocoferol, sacarose, succinato dissódico hexaidratado, hidróxido de sódio e ácido clorídrico.
Em caso de superdosagem, interromper imediatamente a administração, e a função renal e hepática devem ser monitoradas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe ao seu médico ou dentista se você está fazendo ou recentemente fez uso de algum outro medicamento, inclusive medicamentos obtidos sem receita médica.
Os seguintes medicamentos são conhecidos por interagirem com a anfotericina B, e podem interagir com AmBisome®.
Medicamentos que podem causar lesões renais, como os seguintes:
- Imunossupressores (medicamentos que reduzem as defesas naturais do organismo), tais como a ciclosporina;
- Antibióticos do grupo dos aminoglicosídeos, como gentamicina, neomicina e estreptomicina;
- A pentamidina, uma droga usada para tratar a pneumonia em pacientes imunocomprometidos e com leishmaniose.
Esses medicamentos podem causar lesões nos rins, que podem piorar com o uso de AmBisome®. Se você estiver tomando medicamentos que possam causar lesões nos rins, seu médico ou enfermeiro colherá o seu sangue regularmente para fazer exames de alterações da função dos rins.
Medicamentos que podem baixar os níveis de potássio, incluindo:
- Corticosteroides, (drogas anti-inflamatórias que reduzem a resposta do sistema imune), e corticotropina (ACTH), um medicamento usado para controlar a taxa de produção natural de corticosteroides do corpo em resposta a condições de estresse;
- Diuréticos (medicamentos que aumentam o volume de urina), como a furosemida;
- Glicosídeos digitálicos, medicamentos produzidos a partir da planta dedaleira, usados para tratar a insuficiência cardíaca. AmBisome® pode baixar os níveis de potássio no sangue, o que pode agravar as reações adversas causadas por medicamentos digitálicos (alterações no ritmo cardíaco);
- Relaxantes musculares esqueléticos (p.ex., tubocurarina). AmBisome® pode aumentar o efeito relaxante muscular.
Outros medicamentos:
- Antifúngicos, tais como flucitosina. AmBisome® pode agravar as reações adversas à flucitosina (alteração da capacidade do corpo de produzir novas células sanguíneas, que pode ser demonstrada em exames de sangue);
- Antineoplásicos (drogas anticâncer), como metotrexato, doxorrubicina, carmustina e ciclofosfamida. Tomar medicamentos desse tipo durante a infusão de AmBisome pode causar lesões nos rins, respiração ofegante ou dificuldade para respirar e pressão arterial baixa;
- Transfusões de leucócitos (células sanguíneas brancas). Alguns pacientes tratados com anfotericina B durante ou logo após transfusões de leucócitos apresentaram problemas pulmonares súbitos e graves. Recomenda-se que as infusões sejam separadas por um período, o mais longo possível, e que a função pulmonar seja monitorada;
- Estudos de combinação de fármacos in vitro e in vivo sugerem que imidazóis podem induzir resistência à anfotericina B. Terapia de combinação deve ser administrada com cautela, especialmente em pacientes imunocomprometidos.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Resultados de Eficácia
Lactentes que apresentam deficiência de LAL
O LAL-CL03 foi um estudo multicêntrico, aberto e de braço único de Alfassebelipase em 9 pacientes com deficiência de LAL com falha no crescimento ou outros indícios de doença rapidamente progressiva antes dos 6 meses de idade. Os pacientes apresentavam também doença hepática rapidamente progressiva e hepatoesplenomegalia grave. A faixa etária para admissão no estudo era de 1-6 meses. Os pacientes receberam Alfassebelipase a 0,35 mg/kg uma vez por semana durante as primeiras 2 semanas e depois 1 mg/kg uma vez por semana. Com base na resposta clínica, o aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana verificou-se logo ao fim de 1 mês e até 20 meses após o início do tratamento a 1 mg/kg. Foi permitido um aumento adicional progressivo da dose para 5 mg/kg uma vez por semana. A eficácia foi avaliada comparando a experiência de sobrevida de pacientes tratados com Alfassebelipase que sobreviveram por mais de 12 meses de idade no LAL-CL03 com um grupo histórico de lactentes não tratados que apresentavam deficiência de LAL com características clínicas semelhantes.
No LAL-CL03, 6 de 9 lactentes tratados com Alfassebelipase sobreviveram mais de 12 meses (67% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 30% a 93%). Com o tratamento continuado por mais de 12 meses de idade, 1 paciente adicional faleceu aos 15 meses de idade. No grupo histórico, 0 de 21 pacientes sobreviveu mais de 8 meses de idade (0% de sobrevivência aos 12 meses, IC 95%: 0% a 16%). Alfassebelipase em doses até 1 mg/kg uma vez por semana resultou em melhorias dos níveis de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e aumento de peso nas primeiras semanas de tratamento. Da linha basal até à semana 48, as reduções médias de ALT e AST foram -34,0 U/l e -44,5 U/l, respetivamente. O aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez por semana foi associado a melhorias adicionais no aumento de peso, linfadenopatia e albumina sérica. Da linha basal até à semana 48, o percentil de peso médio para a idade melhorou de 12,74% para 29,83% e os níveis médios de albumina sérica aumentaram de 26,7 g/l para 38,7 g/l. Um lactente foi tratado com 5 mg/kg uma vez por semana no LAL-CL03; não foram notificadas reações adversas novas com esta dose. Na ausência de mais dados clínicos, esta dose não é recomendada.
Crianças e adultos com deficiência de LAL
O LAL-CL02 foi um estudo multicêntrico, duplo cego e controlado por placebo em 66 crianças e adultos com deficiência de LAL. Os pacientes foram aleatorizados para receberem Alfassebelipase a uma dose de 1 mg/kg (n=36) ou placebo (n=30) uma vez de duas em duas semanas durante 20 semanas no período duplo cego. A faixa etária no momento da randomização era dos 4 aos 58 anos de idade (71% tinham < 18 anos de idade). Para a admissão no estudo, os pacientes tinham de apresentar níveis de ALT ≥1,5 vezes o limite superior do normal (LSN). A maioria dos pacientes (58%) tinha colesterol LDL > 190 mg/dl no momento da admissão no estudo e 24% dos pacientes com colesterol LDL > 190 mg/dl estavam tomando medicamentos para baixar os lípidos. Dos 32 pacientes que fizeram uma biópsia de fígado no momento da admissão no estudo, 100% tinham fibrose e 31% tinham cirrose. A faixa etária dos pacientes com indícios de cirrose na biópsia era dos 4 aos 21 anos de idade.
Foram avaliados os seguintes parâmetros de avaliação final:
Formalização da ALT, diminuição do colesterol LDL, diminuição do colesterol não HDL, normalização da AST, diminuição dos triglicérides, aumento do colesterol HDL, diminuição do teor de gordura no fígado avaliado por imagem por ressonância magnética - eco de gradiente multi-eco (MEGE-MRI) e melhoria da esteatose hepática medida por morfometria. Observou-se uma melhoria estatisticamente significativa em vários parâmetros de avaliação final no grupo tratado com Alfassebelipase em comparação com o grupo de placebo na conclusão do período de 20 semanas de duplo cego do estudo, como apresentado na Tabela 3. A redução absoluta do nível médio de ALT foi de - 57,9 U/l (-53%) no grupo tratado com Alfassebelipase e -6,7 U/l (-6%) no grupo de placebo.
Tabela 3: Parâmetros de avaliação final primários e secundários de eficácia no LALCL02
a Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34 ou 43 U/l, em função da idade e do sexo.
b Proporção de pacientes que atingiram a normalização definida como 34-59 U/l, em função da idade e do sexo. Avaliada em pacientes com valores anormais na linha basal (n=36 para o Alfassebelipase; n=29 para o placebo).
c Avaliado em pacientes com avaliações efetuadas por MEGE-MRI (n=32 para o Alfassebelipase; n=25 para o placebo).
d Os valores de P são do teste exato de Fisher para os parâmetros de avaliação final de normalização e do teste de soma de postos Wilcoxon para todos os outros parâmetros de avaliação final.
Estiveram disponíveis biópsias de fígado emparelhadas na linha basal e na semana 20 num subgrupo de pacientes (n=26). Dos pacientes com biópsias de fígado emparelhadas, 63% (10/16) dos pacientes tratados com Alfassebelipase melhoraram da esteatose hepática (pelo menos ≥ 5% de redução) medida por morfometria em comparação com 40% (4/10) dos pacientes a receber placebo. Esta diferença não foi estatisticamente significativa. Período aberto Sessenta e cinco de 66 pacientes entraram no período aberto (até 130 semanas) com uma dose de Alfassebelipase de 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas.
Nos pacientes que tinham recebido Alfassebelipase durante o período de duplo cego, as reduções dos níveis de ALT durante as primeiras 20 semanas de tratamento mantiveram-se e observaram-se melhorias adicionais nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Quatro (4) de 65 pacientes no período aberto tiveram um aumento progressivo da dose para 3 mg/kg uma vez de duas em duas semanas com base na resposta clínica. Os pacientes que receberam placebo apresentaram níveis séricos persistentemente elevados de transaminases e níveis séricos anormais de lípidos durante o período de duplo cego. Consistente com o que foi observado nos pacientes tratados com Alfassebelipase durante o período de duplo cego, o início do tratamento com Alfassebelipase durante o período aberto produziu melhorias rápidas nos níveis de ALT e nos parâmetros dos lípidos incluindo os níveis de colesterol LDL e de colesterol HDL. Num estudo aberto separado (LAL-CL01/LAL-CL04) em pacientes adultos com deficiência de LAL, as melhorias nos níveis séricos de transaminases e lípidos foram sustentadas durante o período de tratamento de 104 semanas.
População pediátrica
Cinquenta e seis de 84 pacientes (67%) que receberam Alfassebelipase durante os estudos clínicos (LAL-CL01/LAL-CL04, LAL-CL02 e LAL-CL03) pertenciam à faixa etária pediátrica e adolescente (1 mês até 18 anos de idade).
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros produtos do trato alimentar e metabolismo, enzimas; código ATC: A16AB14.
Deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)
A deficiência de LAL é uma doença rara associada a morbidade e mortalidade significativas, que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta. A deficiência de LAL nos lactentes é uma emergência médica com rápida progressão da doença ao longo de um período de semanas, tipicamente fatal nos primeiros 6 meses de vida. A deficiência de LAL é uma doença autossômica recessiva de armazenamento lisossomal caracterizada por um defeito genético que resulta numa diminuição acentuada ou perda de atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL). A atividade deficiente da enzima LAL resulta no acúmulo lisossomal de ésteres do colesterol e triglicérides.
No fígado, este acúmulo conduz a hepatomegalia, teor de gordura no fígado aumentado, elevação das transaminases indicativo de lesão crônica do fígado e progressão para fibrose, cirrose e complicações de doença hepática em fase terminal. No baço, a deficiência de LAL resulta em esplenomegalia, anemia e trombocitopenia. O acúmlo de lípidos na parede do intestino conduz a má absorção e falha no crescimento. A dislipidemia é frequente com o LDL e os triglicérides elevados e o HDL baixo, associados ao teor de gordura aumentado no fígado e às elevações das transaminases. Além da doença hepática, os pacientes com deficiência de LAL têm um risco aumentado de doença cardiovascular e aterosclerose acelerada.
Mecanismo de ação
A Alfassebelipase é uma lipase ácida lisossomal humana recombinante (rhLAL). A Alfassebelipase liga-se aos recetores da superfície celular através de glicanos expressos na proteína e é subsequentemente internalizada nos lisossomas. A Alfassebelipase catalisa a hidrólise lisossomal dos ésteres do colesterol e triglicérides para colesterol livre, glicerol e ácidos graxos livres. A substituição da atividade da enzima LAL conduz a reduções do teor de gordura no fígado e das transaminases, e ativa o metabolismo dos ésteres do colesterol e triglicérides no lisossoma, conduzindo a reduções do colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol de lipoproteínas não de alta densidade, triglicérides e aumentos do colesterol HDL. A melhoria do crescimento ocorre em resultado da redução de substratos no intestino.
Propriedades farmacocinéticas
Crianças e adultos
A farmacocinética da Alfassebelipase em crianças e adultos foi determinada utilizando uma análise farmacocinética da população de 65 pacientes com deficiência de LAL que receberam infusões intravenosas de Alfassebelipase a 1 mg/kg uma vez de duas em duas semanas no LAL-CL02. Vinte e quatro pacientes tinham idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, 23 tinham idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e 18 tinham idade ≥ 18 anos (Tabela 4). Com base numa análise não compartimental de dados de adultos (LAL-CL01/LAL-CL-04), a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg. Não se observou acúmulo a 1 mg/kg (uma vez por semana ou uma vez de duas em duas semanas) ou 3 mg/kg uma vez por semana.
Tabela 4: Parâmetros farmacocinéticos médios da população
* Semana 22 para os pacientes a receber placebo reinicializada para Semana 0, isto é, primeira semana de tratamento ativo.
AUCss = Área sob a curva de concentração plasmática-tempo em estado estacionário.
Cmax = Concentração máxima.
Tmax = Tempo até à concentração máxima.
CL = Depuração.
Vc = Volume central de distribuição.
T½ = Semivida.
Lactentes (< 6 meses de idade)
No LAL-CL03, a Alfassebelipase foi eliminada da circulação sistêmica com um T½ mediana de 0,1 h (intervalo: 0,1-0,2) à dose de 3 mg/kg uma vez por semana (n = 4). A diferença em exposições à Alfassebelipase entre os grupos que receberam 0,35 mg/kg e 3 mg/kg uma vez por semana foi mais do que proporcional à dose, com um aumento de 8,6 vezes da dose, resultando num aumento de 9,6 vezes da exposição para a AUC e um aumento de 10,0 vezes para a Cmax.
Linearidade/não linearidade
Com base nestes dados, a farmacocinética da Alfassebelipase pareceu ser não linear com um aumento da exposição mais acentuado do que o proporcional à dose observado entre as doses de 1 e 3 mg/kg.
Populações especiais
Durante a análise de covariáveis do modelo de farmacocinética da população para a Alfassebelipase, constatou-se que a idade, o peso corporal e o sexo não tinham uma influência significativa na CL e no Vc da Alfassebelipase. A Alfassebelipase não foi investigada em pacientes com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos ou em pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. As informações sobre a farmacocinética da Alfassebelipase em grupos étnicos não caucasianos são limitadas. A Alfassebelipase é uma proteína e prevê-se que seja metabolicamente degradada através de hidrólise péptica. Consequentemente, não se prevê que a função hepática comprometida afete a farmacocinética da Alfassebelipase.
Para os pacientes com comprometimento hepático grave existe falta de dados. A eliminação renal da Alfassebelipase é considerada uma via menor para a depuração. Para os pacientes com comprometimento renal existe falta de dados. As informações sobre o impacto de anticorpos antifármaco na farmacocinética da Alfassebelipase são limitadas.
AmBisome® é um medicamento de uso hospitalar por via intravenosa e, portanto, deve ser armazenado pelo hospital no qual a administração será feita.
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AmBisome® é um pó amarelo, liofilizado, estéril, de dose única, e sem conservantes, para ser dissolvido em água para injeção e diluído em uma solução de dextrose antes da infusão intravenosa.
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Especificações sobre o AmBisome
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Necessita de Receita:
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Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Classe Terapêutica:
Especialidades:
Infectologia
Dermatologia
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Bula do Profissional:
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