Cloridrato de Mitoxantrona
(1)Preço
Tipo de receita
- Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Classe terapêutica
- Agentes Antineoplásicos Antibióticos
Forma farmacêutica
- Solução injetável
Categoria
- Estômago
- Leucemia
- Mama
- Medicamentos
Dosagem
- 2mg/mL
Fabricante
- Farmarin
Princípio ativo
- Cloridrato de Mitoxantrona
Tipo do medicamento
- Similar Intercambiável
Quantidade
- 10 mL
Evomixan 2mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 10mL de solução de uso intravenoso
Farmarin
Cloridrato de Mitoxantrona
Bula do Cloridrato de Mitoxantrona
Cloridrato de Mitoxantrona, para o que é indicado e para o que serve?
Cloridrato de Mitoxantrona é indicado para a quimioterapia em pacientes com carcinoma da mama, incluindo doenças localmente avançadas ou metastáticas, leucemias agudas mielóides e linfomas não-Hodgkin.
Câncer da mama
Cloridrato de Mitoxantrona demonstrou particular atividade no câncer metastático da mama. Utilizado isoladamente, permite obter uma taxa de resposta de 40% nas pacientes não tratadas anteriormente, e de 20% nas pacientes anteriormente tratadas por diferentes quimioterapias.
Na associação de outros agentes anticancerosos, o Cloridrato de Mitoxantrona permite aumentar a taxa e a magnitude destas respostas.
Leucemias Agudas Mielóides
Empregada isoladamente, o Cloridrato de Mitoxantrona permite obter uma taxa de resposta completa de 30 a 50% nos pacientes em recidiva. A associação de outros antineoplásicos, como a citosina arabinóide, permite aumentar esta taxa de resposta.
Linfomas não-Hodgkin
Em monoquimioterapia, permite obter uma taxa de resposta de 30 a 40% nos linfomas resistentes às terapêuticas anteriores. A associação a outros produtos antineoplásicos permite aumentar esta taxa de resposta. Esta eficácia foi notada em todas as formas histológicas de linfomas não-Hodgkin (malignidade reduzida, média ou elevada).
Quais as contraindicações do Cloridrato de Mitoxantrona?
- Pacientes que demonstraram anteriormente hipersensibilidade ao seu uso;
- Mulheres grávidas ou em fase de lactação;
- Pacientes com cardiopatia grave, disfunção hepática grave, disfunção renal grave, mielodepressões graves preexistentes e naqueles com discrasias sanguíneas graves preexistentes. No caso do aparecimento de uma nítida diminuição da função ventricular esquerda (anomalias eletrocardiográficas ou diminuição da fração de ejeção ventricular esquerda) fazendo prever a instalação de uma insuficiência cardíaca, está contraindicado o prosseguimento na utilização do Cloridrato de Mitoxantrona.
Tipo de receita
Como usar o Cloridrato de Mitoxantrona?
Cloridrato de Mitoxantrona deve ser diluído em pelo menos 50 mL de cloreto de sódio 0,9% para injeção ou dextrose a 5% para injeção. Esta solução deve ser introduzida lentamente numa perfusão venosa em curso.
A dose inicial recomendada para o uso como agente único é de 14 mg/m2 da área de superfície corporal, dada como uma dose intravenosa única, que pode ser repetida a intervalos de 21 dias.
Uma dose inicial menor (12 mg/m2 ou menos) é recomendada em pacientes com reservas medulares inadequadas devido a uma terapia anterior ou a um mal estado geral. Quando usada em quimioterapia combinada com outro agente mielossupressor, a dose inicial de Cloridrato de Mitoxantrona deve ser reduzida de 2 a 4 mg/m2 abaixo das doses recomendadas para uso como agente único.
Câncer de mama e linfomas não-Hodgkin
Devem ser administradas quantidades de 12 a 14 mg/m2 de superfície corporal, em administração intravenosa única, em intervalos de 21 a 28 dias. A dose inicial poderá ser repetida em caso de recuperação hematológica (leucócitos e plaquetas) conveniente antes da administração posterior.
Leucemias Mielóides Agudas
Em monoquimioterapia a dose eficaz é de 10 a 12 mg/m2/dia, durante 5 dias, em administração endovenosa com duração de 10 a 15 minutos. Em poliquimioterapia e em função das drogas utilizadas o mesmo esquema poderá ser utilizado ou substituído por uma administração nas mesmas doses durante 3 dias. Se um segundo ciclo estiver indicado, a mesma combinação com as mesmas doses diárias é recomendada, mas com administração de Cloridrato de Mitoxantrona durante 2 dias consecutivos somente.
A modificação da dose e o estabelecimento do tempo de aplicação das doses subsequentes devem ser determinados pelo julgamento clínico, dependendo do grau e da duração da mielossupressão. Se no 21º dia as contagens de leucócitos e plaquetas tiverem voltado a níveis adequados, as doses anteriores geralmente podem ser repetidas.
Estabilidade após aberto
Caso o produto seja utilizado em alíquotas, o produto se mantém estável por 7 dias após sua primeira perfuração sob condições assépticas adequadas. Após a preparação da infusão, a solução de Cloridrato de Mitoxantrona se mantém estável físico-quimicamente por 48 horas a temperatura ambiente (25°C) sem proteção da luz. Do ponto de vista microbiológico, a preparação da infusão deve ser utilizada imediatamente. Caso esta preparação não seja utilizada imediatamente, o tempo de armazenagem e as condições anteriores ao uso são de responsabilidade do usuário e, normalmente, não seria maior que 48 horas a temperatura ambiente a contar da data de diluição, ocorrida nas condições assépticas validadas e controladas.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cloridrato de Mitoxantrona maior do que a recomendada?
Não há nenhum antídoto específico conhecido para o Cloridrato de Mitoxantrona. Toxicidade hematopoiética, gastrintestinal, hepática ou renal podem ser observadas, dependendo da dose administrada e das condições físicas do paciente. Nos casos de doses excessivas, o paciente deve ser assistido e o tratamento deve ser sintomático e de apoio.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações de como proceder.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Mitoxantrona com outros remédios?
Recomenda-se que Cloridrato de Mitoxantrona não seja misturada com outras drogas na mesma infusão.
Pode elevar a concentração de ácido úrico sanguíneo se administrado concomitantemente com alopurinol, colchicina ou probenecida.
Pode aumentar o risco de cardiotoxicidade do paciente, tratado previamente com daunorrubicina, doxorrubicina ou radioterapia.
Medicamentos que causam discrasias sanguíneas podem aumentar seus efeitos leucopênicos e/ou trombocitopênicos.
Outros mielodepressores podem causar mielodepressão aditiva.
Pode causar imunodepressão excessiva, com risco de pseudolinfa, se tomado com ciclosporina.
Pode ter a capacidade de suprimir os mecanismos de defesa normais, pode diminuir a resposta de anticorpos do paciente quando tomado com vacinas de vírus mortos ou potencializar a replicação do vírus de vacinas fabricadas com vírus atenuados, aumentando os efeitos adversos do vírus da vacina e diminuindo a resposta de anticorpos do paciente. Deve-se então aguardar um intervalo de 3 meses a 1 ano entre as aplicações das duas medicações.
Qual a ação da substância do Cloridrato de Mitoxantrona?
Características Farmacológicas
O Cloridrato de Mitoxantrona, uma antracenediona sintética, é um potente agente antineoplásico.
Nome químico: dicloridrato 1,4-diidroxi 5,8-bis(2 (2-hidroxietil)amino)-etilamino-9,10- antracenediona.
Farmacologia
Embora seu mecanismo de ação não tenha sido determinado, Cloridrato de Mitoxantrona é um agente DNA-reativo. Apresenta efeito citocida sobre células humanas cultivadas, proliferantes ou não, o que sugere uma atividade contra neoplasias de rápida proliferação e lento crescimento.
Farmacocinética
Após administração endovenosa de Cloridrato de Mitoxantrona, os pacientes demonstraram uma rápida depuração plasmática, longa meia-vida de eliminação e persistentes concentrações tissulares. Apenas 20-32% da dose administrada foram excretadas nos primeiros 5 dias após a administração da dose (6-11% na urina e 13-25% nas fezes). Aproximadamente dois terços da excreção ocorreram durante o primeiro dia.
Estudos de farmacocinética animal em ratos, cães e macacos que receberam Cloridrato de Mitoxantrona marcada por elementos radioativos indicam uma rápida distribuição, proporcional à dose em muitos tecidos. O Cloridrato de Mitoxantrona não atravessa a barreira hematoencefálica em grau apreciável, e a sua distribuição para os testículos é mínima. Em ratas grávidas, a placenta é uma barreira eficaz. A concentração plasmática diminui rapidamente durante as duas primeiras horas e, daí em diante, lentamente. Dados obtidos em estudos com animais estabeleceram a excreção biliar como a principal via de eliminação.
Em ratos, a meia-vida de eliminação tissular da radioatividade variou de 20 a 25 dias, em comparação com a meia-vida plasmática de 12 dias. O Cloridrato de Mitoxantrona não é absorvida significativamente em animais após a administração oral.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Evomixan®.
Nomes comerciais
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Consulta também a Bula do Cloridrato de Mitoxantrona
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